Não estamos vivendo tempos brandos, seja na saúde ou na economia. A pandemia está exigindo decisões imediatas por parte das empresas para que estas consigam sobreviver à crise e estejam preparadas para a retomada da economia depois.
É um cenário de crise econômica e sanitária que não aceita negações, pois os impactos já são visualizados dentro das empresas.
De acordo com uma pesquisa do Sebrae, 87, 5% dos pequenos negócios estão enfrentando queda no faturamento nos últimos meses.
Para se adaptar às mudanças, 31% das empresas mudaram o funcionamento e adotaram medidas como delivery, teletrabalho, horário reduzido, rodízio de funcionários e até drive thru.
Sem falar das 5,3 milhões (58,9%) de empresas brasileiras que interromperam temporariamente as atividades por causa do coronavírus.
Diante de tantas mudanças, pesquisadores já consideram a crise do coronavírus como uma espécie de “reset”, que marcará metamorfoses profundas no comportamento dos consumidores em geral.
Daí a importância de os empreendedores estarem atentos não somente ao cenário que se desenha agora, mas às tendências de um contexto pós-pandemia. Nesse sentido, questionamos:
Como será o consumidor pós-crise?
Como a empresa pode se preparar para a retomada da economia?
Ficam as provocações…
Neste artigo, trazemos algumas dicas de como se preparar para a retomada da economia e sair mais forte desta crise. Acompanhe!
6 dicas de como se preparar para a retomada da economia
Não temos previsão de quando a economia vai começar a se “normalizar”, mas sabemos que isso irá acontecer e as empresas precisam começar a se preparar hoje.
Para te auxiliar, trouxemos dicas de como se preparar para a retomada da economia após a crise!
1. Analise as tendências do mundo pós-crise
Sim, o mundo não será mais o mesmo após o término da pandemia. Nesse sentido, os empreendedores devem estar atentos às tendências desse “novo mundo”, para que não tenham seus negócios prejudicados.
A crise econômica está levando os consumidores a uma revisão dos hábitos de consumo, fazendo-os refletir sobre o que é prioridade e o que não é (aquele clichê do “menos é mais”). Assim, as empresas terão um grande desafio: motivar o consumidor mais do que o de costume, e fazer com que ele acredite no potencial do produto ou serviço.
Outra tendência que tende a perdurar no pós-crise são as compras online. Houve um aumento de compras básicas feitas online, como supermercados, padaria, feira e artigos de saúde, algo que não era comum antes, mas que pela facilitação oferecida pode se manter. Da mesma forma, espera-se um crescimento do e-commerce, uma vez que as empresas que não vendiam online perceberam agora o potencial de anunciar seus produtos e serviços em uma plataforma virtual.
Outra tendência é a exigência de posicionamento: os consumidores estão exigindo responsabilidade social das empresas diante do cenário e até boicotando negócios que não prezam pelo bem estar social.
Especialistas acreditam que esse comportamento está sendo impulsionado pelo momento difícil que estamos vivenciando, que impulsiona valores como a solidariedade e um pensar mais coletivo. Isso promete perdurar nos próximos anos.
Entre outras tendências para o mundo pós-pandemia temos:
- Home office ou reuniões, antes presenciais, agora realizadas à distância
- Telemedicina e alta na procura de consultas à distância
- Ampla valorização e procura por locais públicos
- Consumidores ainda com receio de aglomeração, que buscam por locais com menos pessoas e exigem maiores cuidados de higiene por parte das empresas e ambientes que frequentam
As empresas que se atentarem a esses cenários, poderão ter melhores resultados na retomada da economia.
2. Faça um planejamento financeiro
A partir de um planejamento financeiro, o empreendedor avalia os impactos que a crise e as novas tendências poderão ter no negócio e toma medidas para garantir a saúde financeira da empresa.
Na etapa do planejamento, algumas perguntas podem ser feitas pelo empreendedor:
- Como essas mudanças poderão afetar meu negócio?
- De que maneira adaptar a empresa a elas?
- De que forma meu cliente foi afetado e poderá reagir de agora em diante?
Além de responder essas questões, torna-se necessário estudar o mercado, projetar as receitas e o orçamento dos próximos meses, bem como avaliar possíveis cortes que podem ser feitos a fim de garantir recursos emergenciais e um fluxo de caixa positivo.
No planejamento, os gestores deverão ainda traçar metas, simular cenários e como a empresa poderá reagir a eles, medir os resultados alcançados e ir fazendo mudanças no decorrer de todo esse processo.
3. Monitore seu cliente e mantenha-se próximo dele
As empresas que estão próximas de seus clientes terão uma vantagem a mais, já que acompanham de perto as mudanças de consumo e poderão detectar novas necessidades, dores e desejos, isto é, oportunidades.
Não é novidade que a crise econômica afetou o bolso de todos, daí é preciso pensar em como gerar estímulos motivadores no consumidor, sobretudo como estimulá-los a adquirir o serviço ou produto.
Nesse sentido, pensar na experiência do cliente é importante, uma vez que ele pode compartilhar a experiência que teve com seu produto e impactar outros consumidores.
4. Melhore seus produtos e serviços
Aproveite esse momento para analisar linhas de produto e possíveis melhorias que podem ser feitas. Se não sabe de que forma pode melhorar seus serviços e produtos, experimente fazer uma pesquisa de satisfação com clientes que já os adquiriram.
Essas melhorias ajudarão a adequar o produto ou serviço ao público-alvo do negócio, e consequentemente gerar mais vendas.
5. Capacite e valorize seus colaboradores
Os colaboradores são essenciais para que o negócio consiga se recuperar da crise, por isso, é fundamental valorizá-los e treiná-los.
Pesquise alternativas e apresente à equipe de forma clara e objetiva, explicando como será o processo de retomada, medidas que a empresa irá adotar e o que se espera deles nesse novo momento.
É importante transmitir segurança e garantir que todos estejam confiantes e motivados. Lembre-se: quanto mais o colaborador se sentir valorizado dentro da empresa, melhor irá tratar o cliente!
6. Mantenha o máximo de caixa
Há um cenário de incertezas pela frente, já que as empresas não sabem se conseguirão crédito ou mesmo negociar com fornecedores, por isso mantenha o máximo de caixa nesse momento.
Essa atitude ajuda a evitar maiores dificuldades a traz segurança para o negócio, que terá mais capital de giro para acessar quando for preciso.
Esse ponto pode ser trabalhado dentro do planejamento financeiro, pensando em estratégias como redução de custos para preservar recursos.
Conclusão
Mais do que enfrentar a crise econômica em si, as empresas precisam se adaptar às mudanças que virão no pós-crise. Nesse sentido, tomar medidas para reduzir os efeitos econômicos, manter os profissionais engajados e ter um bom planejamento são fatores essenciais para se preparar para a retomada da economia.
Gostou do post? Então confira este artigo sobre Gestão Financeira para pequenas empresas!