Abrir uma empresa, além de ser um passo importante na vida de qualquer profissional, é algo um tanto desafiador e até burocrático. Processos, documentos, tributações e uma série de escolhas e decisões difíceis, caracterizam os primeiros passos da criação de um novo negócio. O que faz com que só se abra uma empresa quando se tem total certeza de que esta é a melhor escolha, afinal, ninguém abre um novo empreendimento pensando em fechá-lo.
No entanto, nem tudo são rosas no mundo dos negócios. Segundo um dado divulgado pelo SEBRAE, no Brasil a taxa de mortalidade de novas empresas é de 80%. Ou seja, a cada dez pequenas empresas inauguradas, somente duas sobrevivem mais do que cinco anos. Esta informação é preocupante e nos leva ao seguinte questionamento: quais são os motivos desse fechamento precoce?
Bom, como você deve imaginar, muitas coisas podem influenciar na sustentabilidade e longevidade das atividades de uma empresa. Para ficar ligado e evitar que esta situação acabe acontecendo com o seu negócio, a seguir nós listamos as 5 principais causas. Confira:
Elaborar um plano de negócios é tão importante quanto seguir com o processo legal de abertura de uma empresa. Sem este documento, é como se você e todos que irão fazer parte do negócio trabalhassem no escuro, sem saber em qual direção estão indo e onde querem chegar. Por isso a falta de planejamento é, sem dúvidas, uma das principais causas de quebra de empresas. Este documento deve conter informações que guiem todas as ações de curto, médio e longo prazo detalhadamente, como os objetivos, o público-alvo e a concorrência, além de contemplar projeções financeiras. É importante lembrar que o planejamento sempre deve ser consultado e revisto, a fim de verificar se a empresa está no caminho certo. Se não estiver, talvez seja necessário reprogramar a rota.
Uma das partes mais importantes do planejamento estratégico de uma empresa são suas metas. Estas precisam ser muito bem definidas e estruturadas a fim de conduzir o rumo dos negócios ao longo da sua vida. Mas é preciso tomar cuidado: a maioria das empresas constroem suas metas considerando um cenário otimista demais e esquecem de levar em conta os desafios e ameaças que podem surgir durante o percurso. O resultado? Metas inalcançáveis e desmotivadoras que, por consequência, fazem o negócio estagnar e a equipe se frustrar. Portanto elabore metas sensatas, com prazos realistas e crie métodos de monitoramento do progresso, para saber exatamente como elas se comportam. Se precisar, faça ajustes.
Este é um dos pontos mais delicados de uma empresa. A gestão financeira tem influência direta em todos os setores: desde o desenvolvimento de produto até o clima organizacional. Não é à toa que a má administração de recursos, desorganização, falta de parceiros e profissionais especializados são os motivos que mais levam negócios à falência. Por este motivo é preciso tomar alguns cuidados, como não misturar as finanças pessoais com as da empresa, contratar uma equipe preparada para administrar o financeiro e RH e, também, investir em uma boa contabilidade, que realize todo o trabalho burocrático com agilidade. Feito isso, é só ter muito foco e disciplina para não tornar a receita do negócio uma extensão do seu salário.
Lembra que falamos anteriormente sobre os desafios de abrir uma empresa e a responsabilidade de tomar decisões nos momentos iniciais do negócio? É claro que as primeiras decisões são consideradas as mais importantes, porém é preciso levar em consideração que, durante toda a vida da empresa, esse processo irá se repetir algumas vezes e é nestes momentos é necessário ter muita cautela para não fazer algo impulsivo ou sem medir as consequências. Sempre que algo chegar nas suas mãos para ser decidido, analise com calma, mesmo que seja urgente. Levantar todas as possibilidades, variáveis e consequências pode até demorar, mas é uma garantia maior de assertividade. Vale ressaltar que a tomada das decisões no seu negócio deve ser baseada em informações precisas, depois de muita pesquisa, reflexão e planejamento.
Pode ser que, em algum momento a sua empresa necessite de um empréstimo para investir em algum projeto, equipamentos e etc. Até aí tudo bem, o que não pode acontecer é contrair este empréstimo quando o capital de giro da empresa não é suficiente para mantê-la viva e em bom funcionamento. Por isso, antes de recorrer aos benefícios oferecidos pelos bancos, faça um planejamento e estabeleça como este crédito será pago, analise os juros, as taxas, as condições e documente um plano de reestruturação e recuperação para casos de emergência. Lembre-se: pegar dinheiro emprestado, especialmente para arcar com despesas operacionais, é sempre uma ameaça para o negócio.