Embora o mercado de tecnologia esteja relativamente estabilizado, as empresas precisam se movimentar e sair do “mais do mesmo” se quiserem se diferenciar no futuro. É questão de sobrevivência.
Neste post, vamos abordar como a Internet das Coisas (IoT) é importante para as empresas de tecnologia e quais previsões os especialistas estão trazendo para 2022 e além.
IoT está em franca expansão
A pandemia impulsionou a adoção de novas tecnologias com uma velocidade inesperada. Uma área está em franca expansão: a Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês), rede de objetos físicos incorporados a sensores, softwares e outras tecnologias, a fim de conectar e trocar dados com dispositivos e sistemas pela internet.
De acordo com um relatório da consultoria de análise de dados GlobalData, o mercado de IoT deve movimentar mais de US$ 30 bilhões na América Latina até 2023. Já o mercado empresarial global de IoT deve atingir, até 2023, US$ 318 bilhões, o que representa um aumento de 245% em relação a 2018.
Neste cenário, o Brasil desponta como um dos mercados mais promissores para o segmento. O estudo Índice de Inteligência Empresarial 2019, realizado pela Zebra Technologies, mostrou que em 2019 o investimento médio das companhias brasileiras em novas tecnologias, como Internet das Coisas (IoT) e plataformas de dados, foi de US$ 6,1 milhões, 45% mais do que em 2018. Já o gasto médio global chegou a US$ 6,4 milhões.
Embora a maioria dos analistas tenha previsto 50 bilhões de objetos conectados em 2020, atualmente existem apenas 9,4 bilhões deles. Questões complexas relacionadas à interoperabilidade, segurança e sustentabilidade dos dispositivos, juntamente com a crise e os consequentes desafios de produção e fornecimento, têm segurado os projetos de IoT.
Tendências para o crescimento da IoT
- 3%: taxa média de crescimento anual do mercado de IoT entre 2020 e 2024, segundo o IDC;
- US$ 520 bilhões: receitas globais projetadas relacionadas à IoT em 2021, de acordo com a Bain & Company;
- 100% das novas casas vendidas em 2021 virão conectadas;
- US$ 387 bilhões: valor do mercado de casa inteligente (aumento de 5% em relação à previsão pré-pandemia), segundo a ABI Research.
Previsões para o desenvolvimento de IoT
Especialistas do mercado preveem que, em 2022, a demanda por novos aplicativos, tecnologias e soluções de Internet das Coisas (IoT) será impulsionada por escritórios inteligentes, monitoramento remoto de ativos e serviços de localização, todos alimentados por uma diversidade crescente de tecnologias de rede. Veja abaixo 5 previsões:
1. Internet do Comportamento (Internet of Behavior)
Algumas empresas estão usando sensores e etiquetas de RFID (Radio frequency identification, ou, em português, Identificação por radiofrequência) para monitorar o comportamento dos funcionários que já voltaram ao seu local de trabalho. Os dispositivos verificavam se os funcionários estavam lavando as mãos regularmente e usando máscaras. Enquanto isso, alto-falantes alertavam as pessoas sobre violações de protocolo.
A coleta e análise desses dados para influenciar como as pessoas se comportam no trabalho são chamados de Internet do Comportamento (IoB). A IoB pode reunir, combinar e processar dados de muitas fontes, incluindo informações de clientes comerciais, de cidadãos processados pelo setor público e agências governamentais, mídia social e rastreamento de localização.
A crescente inovação das tecnologias que processam esses dados tem permitido que essa tendência possa florescer em 2021. No entanto, é importante observar que as leis de proteção de dados pessoais terão impacto na adoção e escala do IoB.
2. Repensando espaços e usos
Muitos setores de negócios normatizaram o trabalho remoto e as empresas tiveram de encontrar soluções para reavivar e repensar seus espaços de escritório ao reabrir suas portas. E terão de evoluir para se adaptarem aos novos desafios, o que envolve maior variedade de usos e serviços dentro dos edifícios.
Os edifícios estão se tornando ecossistemas produtivos, compostos de residências, sites de terceiros e sedes corporativas. Os métodos de gestão também estão evoluindo. Não se trata mais de uma simples gestão de edifícios, mas de um gerenciamento cruzado de todo um ecossistema dentro e fora das paredes, composto por pessoas que criam valor. A IoT está entre as soluções que levarão a uma melhor organização, maior eficiência e um melhor equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.
3. Serviços no centro dos desafios de IoT
A mobilidade e a conectividade agora contribuem para o desempenho e flexibilidade de usos, espaços, serviços e meio ambiente. E as soluções tecnológicas estão se fundindo com o gerenciamento de uso do consumidor.
O que está havendo é uma convergência entre a digitalização técnica de edifícios e a de usos. Tanto em novas construções quanto em reformas, os serviços precisam ser implementados além do próprio edifício. A IoT e IA são tecnologias que promovem essa tendência, permitindo o gerenciamento em tempo real das diversas populações que usam os espaços e ajudando a lidar com questões como quem, onde e quanto.
O desafio está na capacidade do mercado de romper a ideia do edifício autônomo e aprender a lidar com questões mais amplas. Como as necessidades tecnológicas de um edifício diferem das de seus usuários, é importante pensar em termos de usos multifuncionais e tecnologias (pegada de carbono, gerenciamento e conforto do edifício), bem como a perspectiva dos ocupantes (gerenciamento de sala de reunião, conforto e construção de TI).
Embora coworking, coliving e nomadismo sejam conceitos novos em 2020 e 2021, outros usos podem surgir nos próximos anos. Precisamos ter a capacidade de mesclar diferentes soluções tecnológicas para atender aos usos que virão.
4. O caos da conectividade de rede
Os líderes de tecnologia terão pela frente uma variedade de opções de conectividade sem fio. A Forrester espera que a implementação das tecnologias 5G e Wi-Fi diminua em relação aos níveis de 2020, conforme as organizações lidam com o caos do mercado.
Para conectividade de longa distância, os satélites de baixa órbita terrestre agora oferecem uma opção complementar, com mais de 400 satélites Starlink fornecendo conectividade por satélite. A estimativa é que o interesse em satélites e outras tecnologias de rede de baixa potência aumentem 20% este ano.
5. Onipresença de máquinas conectadas
A quase onipresença de máquinas conectadas acabará afetando os negócios tradicionais. Fabricantes, distribuidores, concessionárias de serviços públicos e empresas farmacêuticas mudaram para operações remotas em 2020 e começaram a conectar ativos anteriormente desconectados.
Essa abordagem de ativos conectados aumentou a dependência de especialistas remotos para tratar de reparos sem tempo de inatividade prolongado e viagens caras. Em 2021, as empresas de serviço de campo e os OEMs (fabricantes do equipamento original) industriais se apressarão para acompanhar a demanda dos clientes por mais ativos e máquinas conectadas.
Com o crescimento da IoT, as companhias de tecnologia devem fortalecer seus negócios. Para isso, precisam de mais tempo para focar na produtividade, gerenciar seus negócios e construir uma base sólida para o futuro. Ao mesmo tempo investir em tecnologia para fazer sua contabilidade digital e consultiva.
Desse modo, torna-se possível solucionar vários gargalos que possam existir no ambiente de ensino e usar todo o poder das tecnologias digitais na educação para tornar o processo de gestão escolar mais rápido, prático e inovador.