Na construção de um plano estratégico de negócios, especialmente para startups com ambições de crescimento rápido, a gestão de riscos se destaca como um dos pilares fundamentais. Empreender, por natureza, envolve assumir riscos, e saber lidar com eles de maneira eficaz pode determinar a linha entre o sucesso e o fracasso.
Então, o que exatamente é gestão de risco? Por que é tão crucial para empresas inovadoras? E quais ferramentas estão disponíveis para essa gestão?
Vamos explorar essas questões e mais detalhes a seguir, pois compreender a gestão de riscos é essencial para quem busca o sucesso em empreendimentos de alto impacto.
O que é a Gestão de Riscos?
A gestão de riscos consiste em um conjunto de estratégias e ações voltadas para identificar, avaliar e reduzir os riscos enfrentados por uma empresa ao longo de sua jornada.
Toda empresa, independentemente do seu porte, está sujeita a diversos tipos de riscos, tais como os relacionados ao mercado, regulatórios, financeiros, operacionais, entre outros. A gestão de riscos tem o papel de mapear esses fatores de risco, permitindo que os gestores adotem medidas preventivas ou corretivas.
É importante ressaltar que, em qualquer aspecto, é necessário avaliar os riscos envolvidos. Por exemplo, um investidor que adquire ações de uma empresa na bolsa de valores está sujeito ao risco de desvalorização dessas ações. Da mesma forma, um credor que concede um empréstimo corre o risco de o devedor não pagar.
No contexto empresarial, empreender envolve o risco de fracasso ou de não alcançar os lucros esperados. Para empresas de tecnologia, que operam em um ambiente muito incerto, esse risco é ainda mais acentuado, exigindo uma gestão de riscos ainda mais eficaz.
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Por que é importante contar com uma Gestão de Risco?
A gestão de risco em empresas desempenha um papel crucial ao estabelecer diretrizes que auxiliam os gestores na tomada de decisões sobre assumir ou evitar determinados tipos de riscos.
Essa abordagem é fundamental para a análise “risco x retorno”, um conceito amplamente utilizado no mercado financeiro, mas aplicável a qualquer empreendimento ou projeto. Essencialmente, a relação risco x retorno sugere que quanto maior o risco de um investimento, maior deve ser o seu potencial de retorno.
Para avaliar se um risco é de alto, médio ou baixo potencial de retorno, é necessário compreendê-lo, o que é alcançado por meio de uma gestão de risco eficaz.
É surpreendente quantas pessoas não consideram esse aspecto. Marcos Perillo, da Conta Azul, com vasta experiência em reestruturação de negócios, observa consistentemente que:
“Todas as empresas que enfrentaram dificuldades negligenciaram algum tipo de risco”.
Portanto, é crucial classificar os riscos em ordem de importância para determinar quais merecem mais atenção. Em resumo, esses riscos se enquadram em três categorias:
– Riscos a serem eliminados.
– Riscos a serem mitigados.
– Riscos a serem assumidos.
Gestão de Riscos na prática
Vamos ilustrar alguns exemplos de gestão de risco em diferentes tipos de empresas para facilitar o entendimento sobre o tema.
Empresas de tecnologia
Risco: Possibilidade de falha no em algum produto devido a problemas técnicos.
Estratégia de gestão de risco: Testes rigorosos antes do lançamento, além de mais participação de especialistas técnicos e mais atenção nos feedbacks de usuários.
E-commerce
Risco: Exposição a ataques cibernéticos e violação de dados sigilosos.
Estratégia de gestão de risco: Protocolos de segurança robustos e treinamento sobre práticas seguras de manuseio de dados.
Empresa de Consultoria
Risco: Dependência de um único cliente.
Estratégia de gestão de risco: Variedade da carteira de clientes e uma gama mais variada de serviços.
Estes são apenas alguns exemplos de riscos enfrentados pelas empresas, mas existem muitos outros, como risco de mercado, riscos financeiros, operacionais e até de pessoal. Com a Gestão de Riscos é possível organizar esses fatores de forma hierárquica, permitindo que os gestores os abordem de acordo com suas prioridades e necessidades específicas.
Conhecendo as ferramentas ideais para a Gestão de Riscos
Existem diferentes formas que podem facilitar a gestão de riscos, como por exemplo:
Matriz de riscos: Uma tabela que enumera os riscos identificados, as chances de acontecerem e possíveis impactos associados.
Análise SWOT: Através dessa análise é possível encontrar as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças que afetam o negócio.
Análise de cenários: Permite a simulação de diferentes cenários, seja otimista, realista ou até pessimista, o que torna a preparação dos gestores mais plural e que antecipem para diversas situações.
Além disso, os Indicadores-chave de desempenho (KPIs), derivados da análise de dados, são fundamentais. Eles fornecem uma visão histórica da performance do negócio, ajudam na identificação de padrões e na antecipação de tendências.
Como criar sua própria Gestão de Riscos?
Para estabelecer um processo de gestão de riscos eficaz e preciso, é necessário seguir alguns passos fundamentais:
Identificação de riscos potenciais: Analisar tanto os riscos internos quanto externos, levando em conta o modelo de negócio, o setor e o contexto operacional da empresa.
Avaliação de impacto: Entender o possível impacto de cada risco identificado para priorizar a atenção e os recursos.
Desenvolvimento de planos de contingência: Elaborar planos e estratégias para amenizar os riscos identificados, considerando os objetivos e recursos da empresa.
Implementação e monitoramento: Implementar as estratégias definidas e monitorar continuamente sua eficácia, realizando ajustes conforme necessário para garantir a proteção adequada.
Além disso, a adoção de uma política de due diligence pode ser de grande valia, especialmente se a empresa pretende atrair investidores. Inclusive, a due diligence é uma das diversas soluções possíveis da Gestão Contabilidade.
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